Ritual de Iniciação :: Tecnologia e Corpo
A iniciação desta que será a Vª edição de nosso manifesto desta fundação chamada carinhosamente de Bienal Internacional de Cultura Psicodélica e Arte Visionária será realizada com o nome de Museu de Babel, onde as muitas linguagens ancestrais e contemporânea, algorítmicas e humanas fundidas pela hiperconectividade da rede global de computadores se abrem para nosso portal que invoca a re-visão da babilônia de pedra e das linguagens binárias buscando essa meditação proposta pelo artista visionário Jeisson Castillo que parte da visão cósmica e sagrada dos minerais ancestrais de Pachamama e enraizado nos territórios ancestrais podemos visualizar a tecnologia com pureza, altruísmo e sabedoria.
Neste Ritual de Iniciação onde o musico Mizter Bonezz realizará sua apresentação musical tambem estaremos ao lado de artistas para criarmos visões de tecnologia em concept art que possam gerar acessibilidade em uma oficina proposta pela artista visionária Natasha Cremonese. O corpo mais do que nunca foi impactado pela tecnologia neste momento de pandemia e este é um convite a reflexão. Tecnologia e Corpo por Natasha Cremonese
O que é belo? O que é um corpo que está associado ao padrão e um corpo fora do padrão?
O movimento corpo livre é algo bem recente, no Brasil vem sido debatido por várias mulheres como Alexandra Gurgel (@alexandrismos) e Polly Oliveira, que é cirúrgica em suas análises com o EXPERIMENTO.
Alexandra conta em seu canal do youtube e no instagram como foi o seu processo de aceitação, como é diária a luta e o combate à gordofobia, a pressão estética, e tantos outros tipos de violências como o capacitismo que ainda existem infelizmente em nosso mundo.
“Ao longo de 26 anos, ela buscou ter o corpo perfeito, ou seja, dentro dos padrões estéticos. Com 31 anos e solta das amarras, a jornalista entende que a beleza foi criada para controlar o público feminino durante toda a vida: “Somos ensinadas a odiar quem a gente é e a nossa imagem. Está tudo errado sobre um zíper abrir no nosso cérebro e sair a melhor versão de nós mesmas. Entender isso é bem difícil. Toda essa consciência tem de mudar”.
Polly Oliveira, que nasceu em São Luís/Maranhão, de família muito humilde, teve que trabalhar desde criança, aos 16 anos estava grávida, vivendo em um relacionamento abusivo, teve que largar os estudos. Mesmo sem educação formal, se dedicou a estudar muito e a escrever. E só então depois de 10 anos de relacionamento abusivo, Polly conseguiu retomar seu poder pessoal e sua liberdade. Retomou os estudos, fez curso técnico, e nesse momento escolheu a mais ainda a si e a realização dos seus sonhos. Não importa quanto tempo levasse para realizá-los.
“[...] Focada no empoderamento feminino, Polly publicou de forma independente seu primeiro livro A Escolha: Quando Tudo Acabar, em 2017. Ela relembra que apenas oito pessoas ficaram durante o lançamento. Confiante no seu propósito, ela não desistiu e pediu demissão de seu emprego para trabalhar em sua segunda obra Mulheres Gozam, lançada em 2018 e vendida na página pessoal da autora. Novamente, o desempenho não foi o esperado. A escritora compartilha que até chegou a distribuir gratuitamente alguns livros, na tentativa de, pelo menos, impactar positivamente algumas mulheres. [...] “
fonte // https://www.napratica.org.br/empoderamento-feminino-polly-oliveira-escritora/
Polly, a qual eu acompanho faz algum tempo nas redes sociais, teve a conta do instagram derrubada algumas vezes por expor suas pesquisas experimentais. Como a que fez ao reproduzir o mesmo vídeo em que a influencer Mayra Cardi está de lado sem calcinha mostrando sua barriga trincada ( https://www.instagram.com/reel/CJGrVHcl8m4/), Polly mostra sua barriga não trincada, única, com um sorriso no rosto, onde compartilhou a importância de vermos pessoas reais. Mas então seu conteúdo foi derrubado da rede, por supostamente infringir as regras da rede social, enquanto o da Mayra Cardi continua no Instagram. Ela segue fazendo postagens com críticas necessárias quanto às cirurgias plásticas, a influência que acontece nas redes sociais. Bem como faz postagens mostrando seu corpo robusto, humano, belo, e incentiva outras mulheres a se amarem, a se conhecerem, a sentirem prazer. Criando um experimento, para provar como o algoritmo das redes sociais (em específico o Instagram) reproduz padrões de beleza e de acessibilidade. E que esses padrões são abusivos, nos machucam diariamente, principalmente nós mulheres.
Durante estas pesquisas Polly notou que quando postava suas fotos no story sem efeitos, ou sem tratamento no photoshop, apareciam em sua timeline, logo após sua publicação, fotos propagandas de comida,onde ela revela:
“A ideia era ter a certeza de que a inteligência(IA) nos ouvia e entendia nosso comportamento. “
fonte // O algoritmo do padrão | Elástica – Todos do mesmo lado
Nessa conversa convido você para refletir sobre como é o estereótipo do corpo que está frequente em muitas das obras de arte visionárias? Bom, pense comigo, quando vemos obras que se parecem conosco nos sentimos parte da arte, não é mesmo?
Se como espelhos nos enxergamos nos filmes, nas revistas, nas obras, afetar, tocar e sensibilizar quem o vê é uma característica da arte. Como podemos pensar em tecnologias, e artes que tornem os corpos humanos reais visíveis, e quebrarmos essa desumanização de um algoritmo que também foi criado pela humanidade?
Vamos conversar? Se inscreva // Ritual de Iniciação | O MUSEU DE BABEL (bicpsi.art.br)
Referências
https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais/sem-filtro---alexandra-gurgel/#cover
https://www.instagram.com/movimentocorpolivre/
https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais/sem-filtro---alexandra-gurgel/#cover